Santo Agostinho
A PROPOSTA PEDAGÓGICA DE SANTO AGOSTINHO PARA A
FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO E DA SOCIEDADE
PEINADO, Maria Rita Sefrian de Souza (PPE/UEM) mritapss@hotmail.com Palavras-chave: História da Educação; Proposta Pedagógica; Santo Agostinho.
Introdução
Pode-se reconhecer o valor dos grandes literatos, dos cientistas, dos governantes, dos líderes religiosos, dos artistas, mas as suas obras só devem merecer contemplação num estudo de História da Educação, se tiverem efetivamente contribuído para o patrimônio das idéias pedagógicas ou se tiverem influenciado as instituições ou as atividades educacionais (NUNES, 1979, p. 1,2).
Neste artigo, nosso objetivo é analisar em algumas obras de Santo Agostinho
(354-430), especialmente em A Doutrina Cristã, como se manifesta nelas a premissa metodológica de que os projetos pedagógicos das diferentes épocas correspondem às diferentes necessidades sociais. Neste texto, pontuaremos como sua proposta para a formação do cristão delineia a educação da transição da Antiguidade para a Idade Média.
Elegendo o Trivium e o Quadrivium como necessários à compreensão e divulgação das
Escrituras, ele sistematizou e preservou o conhecimento clássico, que se apresentou como a base para a formação do cristão e da sociedade.
Por meio do método histórico-social, procuraremos analisar os aspectos fundamentais da proposta agostiniana para a formação do indivíduo e para a organização da sociedade medieval.
Ao estabelecer a relação com o conhecimento do passado, teremos também condições para refletir sobre o papel social do educador atual. Entendemos que o conhecimento do passado nos oferece parâmetros para situar historicamente tanto a prática formativa atual quanto os conteúdos programáticos formativos que preservam, difundem e produzem o conhecimento humano.
Para compreendermos as proposições agostinianas como resposta às necessidades de um período de intensas transformações sociais, primeiramente, com o subsídio da