SANTANA, Marco Aurélio. Trabalhadores em movimento: o movimento sindicalismo brasileiro nos anos 1980-1990

927 palavras 4 páginas
Marco Aurélio Santana é professor de Sociologia no departamento de Filosofia e Ciências Sociais na Universidade do Rio de Janeiro. E por intermédio dele vemos mais uma nova visão sendo lançada na historiografia. Ele aborda o caminho traçado pelo sindicalismo brasileiro, lançando luz sobre as divergências ou, poderíamos chamar de diversidades, existentes dentro desse movimento. Assim, ele constrói um relato com fundamentos relevantes ao que diz respeito à multiplicidade desse cenário. Aquilo o que o autor pretende deter mais a nossa atenção parece estar ligado ao fato de que apesar de todas as diversidades dentro dele, o movimento sindical continuou existindo. Isto, mesmo com o golpe de 64. Ele tenta diferenciar o movimento através dos anos que aborda, lembrando que ele continuou atuante no cenário brasileiro. E que, de certa forma, as adversidades que o movimento enfrentou contribuíram para o seu crescimento. O autor apresenta a partir dessa que é a sua ideia base que o movimento sindicalista apesar das repressões do governo que torturou muito de seus líderes em uma tentativa de sufocar o processo de crescimento de tal, apenas cresceu e tomou cada vez mais prismas sociais, aos quais sempre esteve ligado. Por causa da represália e do sufocamento da população sindicalista, o movimento de greves tornou-se inevitável. As greves (Inclusive burlavam a lei anti-greve de 1968), como vimos em outros textos do mesmo livro, é um movimento que não permanece restrita apenas ao órgão que a providencia, atingindo toda sociedade. Isso funcionou, portanto, como um chamado das classes operárias a outros grupos sociais se mobilizarem contra a situação do trabalhador dentro do cenário político militar que imperava no Brasil.
Assim, Santana aponta como a crise econômica rapidamente tomou formas de uma crise social. Interessante é pensar como todas essas campanhas, crises e movimentos sociais quase nunca aparecem na historiografia do regime militar. E apesar dessas campanhas, um

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