Santa Rita Dur O
Santa Rita Durão
- Vida e obra do autor
- Pseudônimo e musa (Santa Rita Durão não tinha pseudônimo ou musa inspiradora para suas obras)
- Intertextualidade
- Características e temas
Vida: Estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro até os dez anos, partindo no ano seguinte para a Europa, onde se tornaria padre agostiniano. Doutorou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Coimbra e, em seguida, lá ocupou uma cátedra de Teologia.
Durante o governo de Pombal, foi perseguido e abandonou Portugal. Trabalhou em Roma como bibliotecário durante mais de vinte anos até a queda de seu grande inimigo, retornando então ao país luso. Esteve ainda na Espanha e na França. Voltando a Portugal com a "viradeira" (queda de Pombal e restauração da cultura passadista), a sua principal atividade passou a ser a redação de Caramuru, publicado em 1781. Morreu em Portugal em 24 de janeiro de 1784. Obra: Quase a única obra restante escrita por Durão é seu poema épico de dez cantos, Caramuru, influenciado pelo modelo camoniano. Formado por oitavas rimadas e incluindo informação erudita sobre a flora e a fauna brasileiras e os Índios do país, apresentando as cinco partes da epopeia tradicional (proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo). Este poema é um tributo do autor à sua terra natal. Segundo a tradição, a reação da crítica e do público ao seu poema foi tão fria que Santa Rita Durão destruiu o restante de sua obra poética.
Intertextualidade, Características e Temas: A – Tema Central:
O poema narra, em dez cantos, o naufrágio de Diogo Álvares Correia e seus amores com as índias, sobretudo com Paraguaçu. O material é vasto; fatos de nossa história, o temperamento dos indígenas, lendas. O poema segue o esquema clássico-camoniano, usando a oitava rima, observando a divisão tradicional em