saneamento básico
O trabalho relaciona a falta de saneamento básico com os problemas de saúde apresentado pela população.
A pesquisa, conduzida por Denise Maria Penna Kronemberger a pedido do Trata Brasil, comprova que ainda existe uma forte associações entre a precariedade no saneamento com a pobreza e os altos índices de internações por diarreia. Os dados foram levantados durante um período de análise que durou três anos, entre 2008 e 2011, e abrangeu os cem maiores municípios brasileiros.
Além de mensurar a qualidade das estruturas sanitárias oferecidas em território nacional, o estudo também permite a identificação do perfil das pessoas que sofreram com doenças decorrentes da falta de saneamento e o impacto disso no Sistema Único de Saúde.
Entre os cem municípios analisados, os que apresentaram os maiores índices de internações em consequência de diarreias foram: Ananindeua (PA), Belford Roxo (RJ), Anápolis (GO), Belém (PA) e Várzea Grande (MT). Um dado que gera muita preocupação diz respeito à grande quantidade de crianças atingidas por esta enfermidade. Em 2011, de 45% dos municípios analisados, mais da metade das internações por diarreia foram feitas em crianças.
“Os resultados reforçam que as crianças são mesmo a parcela mais vulnerável quando a cidade não avança em saneamento básico, principalmente sofrendo com as diarreias. As carências em água potável e esgotos prejudicam o país agora e deixam sequelas para o futuro”, analisou Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil.
Além de oferecer altos riscos de mortalidade, este cenário também representa muitos gastos financeiros em saúde pública. De acordo com o Instituto, somente em 2011 os gastos com internações por diarreia no território nacional chegou a R$ 140 milhões.
Consequências da falta de saneamento básico
Além dos danos causados ao meio ambiente, o despejo de esgoto doméstico sem tratamento é um grande risco a saúde pública. As principais