Samuel klein
O herdeiro do fundador da Casas Bahia vai montar uma nova rede no interior de São Paulo de olho nas classes C e D
Por Carlos Sambrana
Desde que vendeu a sua participação acionária na Casas Bahia por cerca de R$ 1,5 bilhão, Saul Klein, o filho caçula de Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, se afastou completamente dos negócios no varejo. Não porque queria, mas sim porque, ao deixar a empresa criada por seu pai, assinou um contrato que previa uma quarentena de cinco anos – cláusula que poderia ser quebrada se a Casas Bahia, presidida por seu irmão e rival Michael Klein, fosse vendida ou se associasse a uma outra empresa.
E, desde que a rede de sua família e o grupo Pão de Açúcar assinaram um acordo – agora rediscutido por ambas as partes –, Saul passou a atuar nos bastidores de modo a preparar o seu retorno ao setor que corre em suas veias. Os planos para a sua volta já começaram a ser delineados.
Reis do varejo: durante décadas, Samuel Klein (centro) e seus filhos Michael (à esq.) e
Saul trabalharam juntos. No ano passado, a sociedade foi rompida DINHEIRO apurou que Saul pretende erguer grandes galpões em cinco cidades do interior de São Paulo. A ideia é criar uma rede de eletromóveis para atuar no chamado atacarejo, mescla de atacado com varejo. Com isso, ele atenderia tanto os consumidores como pequenos varejistas das regiões próximas aos municípios de Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, Marília e Araçatuba. Procurado pela reportagem, Saul não retornou as ligações e disse, por meio de sua secretária, que não se pronunciaria sobre o assunto.
Sabe-se, porém, que Saul ainda estaria avaliando qual o melhor tamanho para cada loja. Os projetos incluem galpões de 15 mil metros quadrados, de 20 mil metros quadrados e de 25 mil metros quadrados. Os pontos de venda mirariam, preferencialmente, os consumidores das classes C e D. Experiência e dinheiro em caixa para financiar essa empreitada não faltam ao empresário.
Saul comandou a