Salgueiro Maia
Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos capitães do Exército Português que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução dos Cravos, que marcou o final da ditadura. Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
Salgueiro Maia foi um distinto capitão da revolução dos cravos, ficou conhecido pela sua bravura e capacidade para comandar tropas, não só na revolução dos cravos, mas também na guerra colonial. Por exemplo, uma prova da sua bravura é o facto de ele ter enfrentado um tanque com uma granada na mão.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de 1974 e do «Levantamento das Caldas», foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço, forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o que o matou a 4 de Abril de 1992.
Na minha opinião, a revolução dos cravos foi o resultado de uma grande opressão e censura que rebentou no dia 25 de abril de 1974. Para mim foi um grande acontecimento para Portugal, porque o povo português mostrou mais uma vez que quando quer pode ser muito persistente até ter o que quer.