Saint Simon
Foi ele o pensador da sociedade industrial francesa que estava em vias de substituir o antigo regime.
Durante a Revolução Francesa, enriquece com a venda dos bens da Igreja. Em1798, com o dinheiro ganho, instala-se num apartamento em frente à Escola Politécnica. Sob a influência de Jean Burdin, frequenta o curso de física. Mais tarde, muda-se para as proximidades da Escola de Medicina, onde cursa disciplinas de biologia e fisiologia.
Saint-Simon desejava, na realidade, dar um sentido comum à ciência e unificar os princípios científicos. Em 1803, escreve a Carta de um habitante de Genebra aos seus contemporâneos – um elogio à ciência, colocada quase como uma nova religião.
Dono de saber eclético, imerso em seus contatos com cientistas, mas, sobretudo, com ideólogos, elabora uma filosofia pregando o progresso da humanidade pela indústria. Em 1817, publica A Indústria, que já levanta a questão da política positiva. Nesse mesmo ano, Auguste Comte, recém-formado na Escola Politécnica, torna-se seu secretário particular e o auxilia na redação de obras filosóficas e artigos de imprensa.
Herdeiro do Iluminismo e de Rousseau, Saint-Simon encontra-se entre os grandes utopistas do século XIX. Autor de numerosas obras, entre as quais O Novo Cristianismo (1825), se apresenta como o profeta de uma nova religião fundada na fraternidade e na fé em meio ao progresso e à industrialização. No primeiro número de sua revista O Organizador (1819), publica uma célebre parábola em que opõe a utilidade social dos produtores e