Sacerdotisas Sumerianas
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SACERDOTISAS SUMÉRIAS
Regina Schüssler1
Resumo
O sacerdócio feminino na Suméria teve início com Sargão de Akkad. Estas tinham importância nos ritos de adoração a Deusa da Fertilidade e era reconhecido seu valor social, como também lhes eram conferidos direitos legais. Tenho o objetivo de abordar o relativo papel que estas desempenhavam na Suméria e sua importância como cidadãs no contexto em que estavam inseridas. Para tal foi feita uma análise de fontes bibliográficas já escritas sobre o tema. Com isso pretendo demonstrar a importância que a mulher tinha neste período e a participação relativamente ampla que exercia, observando que nem sempre esta foi relegada à margem da sociedade como impura e pecadora.
Palavras-Chave: Sumérios, Gênero, Sacerdotisas Sumérias, Sociedade Matrilinear, Mitos.
Introdução
O sacerdócio feminino na Suméria teve início com Sargão de Akkad e sua filha
Enheduana como a primeira sacerdotisa, estando ligado à antiga adoração da Deusa-Mãe ou Deusa da Fertilidade como também era conhecida. Na Suméria esta deusa era conhecida pelos nomes de Inana e Ishtar.
A abordagem deste estudo relativo às sacerdotisas sumerianas chega num contexto onde é possível compreender qual o papel destas nos templos sumérios e qual sua importância como mulheres atuantes na sociedade. Suas atuações nos ritos em adoração às deusas e a manutenção da fertilidade legaram a estas mulheres também a denominação de “prostitutas sagradas” em ritos conhecidos como o “casamento sagrado”. Na época, estes ritos estavam baseados na compreensão dos mitos que explicavam a vida e a natureza. Eram de suma importância para o povo, pois estavam sempre em contato com os deuses. Estas mulheres eram intermediárias entre o povo, os governantes e os deuses, sendo suas atuações nos ritos diferenciadas da atuação dos sacerdotes