sabedoria mineira
Antes, tinha feito doutorado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, além de especializações na Espanha e no Japão. Enquanto contava aos donos da empresa sobre como seu absorvente para remoção de contaminantes da água tinha tudo para ser “a salvação de vários problemas ambientais do mundo”, ele passava a impressão de que era um lunático.
Na conversa, foi massacrado por perguntas básicas de negócios, como quem seria seu público-alvo e que economia sua tecnologia iria gerar. O pesquisador ficou atônito. “A coisa toda foi muito frustrante”, diz Rochel. “Eu não sabia falar a língua dos empresários.” Rochel poderia ter voltado para o laboratório e esquecido a ideia de dar aplicação comercial a suas pesquisas. Mas fez justamente o contrário.
Nos dois anos seguintes, o químico cursou um MBA em gestão estratégica de negócios na própria UFMG. E, em 2005, foi para a escola canadense de gestão HEC Montreal fazer um pós-doutorado em criação de empresas de base tecnológica. “Alguns colegas acharam que eu só ia passear em Montreal. Outros, que era suicídio acadêmico, porque ia me afastar da química”, afirma.
Resultados: Rochel voltou e assumiu a presidência da incubadora de empresas da UFMG, premiada como a melhor do Brasil dois anos depois. Em seguida, fundou a Verti Ecotecnologias, empresa que tenta dar escala às mais de 20 invenções que ele e seus alunos desenvolveram nos laboratórios da universidade ao longo dos anos.
Algumas dessas tecnologias resultaram em prêmios, como o Global Startup Workshop, do Massachusetts Institute of Technology, em 2012, e outros dois da Universidade do Texas, em 2010