Sa De Do Homem

No Brasil, por um longo período, a saúde do homem se mostrou carente de uma política de incentivo que vise à prevenção de doenças e a promoção da saúde. Levando em consideração o alto índice de doenças crônicas detectadas em homens somada com a elevada estatística de morte em adultos jovens, foi lançado em agosto de 2009 a Política Nacional da Saúde do Homem.
A política visa incentivar homens de 20 a 59 anos a procurarem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano, a fim de proporcionar uma mudança cultural, já que, em geral os homens só recorrem aos serviços quando já estão doentes, tendo que ser atendidos por especialistas, o que gera um aumento de gastos públicos (BRASIL, 2009)

A população masculina tem se mostrado mais vulnerável às doenças, principalmente as patologias crônicas degenerativas como as doenças cardiovasculares e as neoplasias. E, esses vêm cursando com índices de mortalidade precoce 40% maior que nas mulheres, considerando todas as idades (1).
Segundo o Sistema de Informação de Mortalidade, em 2008, os óbitos na população masculina foram maiores do que entre as mulheres, sendo que nos homens, o maior número de mortes se concentrou na faixa etária entre 20 e 29 anos. O sexo masculino também é a principal vítima das neoplasias, abrangendo 82,7 casos para cada 100 mil homens enquanto que para cada
100 mil mulheres, houve 62,5 casos

(2)

. Com relação às causas externas, os homens também assumem a posição principal nos casos de morbimortalidade. Segundo o DATASUS, no ano de
2009 ocorreram 82,98% de óbitos masculinos por causas externas (3).
As taxas de óbito mais elevadas na população masculina podem estar relacionadas à grande resistência que os homens possuem em promoverem o auto-cuidado, associado à negligência diante das ações preventivas, principalmente as voltadas para as doenças de caráter crônico degenerativas.
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil (1), os homens buscam os serviços quando já estão em uma situação de saúde que