Rousseau e Grotius
Segundo o pensamento de Grotius, uma guerra tem que apresentar razões que justifiquem o conflito para ser legítma, além do mais tem que ser publicamente declarada, pois aqueles que não declaram a guerra são considerados piratas ou ladrões. Defesa contra injúrias se o perigo for claro e eminente; recuperação de algo que é legalmente devido e punição de um Estado injuriador são motivos legítimos para entrar em guerra. Segundo o direito internacional, tudo é permitido, tanto mortes de homens que se renderam ou que estejam fora do território inimigo quanto a execução de mulheres e crianças. Na questão da intervenção militar, ou também chamada de guerra preventiva, Grotius afirma que o perigo tem que ser atual. Ele era totalmente contra o começo de uma guerra por motivos banais, portanto, se o inimigo realmente estiver apresentando ameaça aos demais Estados, ele deve ser punido e subjugado. No entanto, algumas razões que parecem suficientes para os Estados começarem um conflito não fazem sentido no pensamento de Grotius como o de atacar uma nação apenas porque ela está se desenvolvendo, ou seja, iniciar uma guerra preventiva apenas por temor a outro Estado não serve como fundamento.
2- Origem das desigualdades do homem segundo Rousseau
De acordo com o pensamento de Rousseau, o homem em seu estado de natureza é essencialmente bom e livre, mas com o surgimento da propriedade privada apareceram também as desigualdades entre os homens. Ou seja, Rousseau iniciou o pensamento com base de que toda a noção de desigualdade partiu da propriedade particular e do sentimento de insegurança dos homens. A noção de propriedade levou a ideia de acumulação de bens desde os tempos mais primitivos e a necessidade de estar a frente dos demais, desta maneira deu início a conflitos entre os homens e nações. Rousseau dividiu a desigualdade em física (natural do homem) e política (existe