construtivismo
Os princípios básicos da psicogênese da língua escrita que permitem compreender a escrita, enquanto sistema de representação da realidade são três: não identificar ler com decifrar; não identificar a escrita com cópia de um modelo; e, por fim, não identificar progressos na conceituação com avanços no decifrado ou na exatidão da cópia (PILETTI e ROSSATO, 2001).
Entre as inúmeras contribuições, os maiores destaques são os conceitos que a autora denomina: etapas de estruturação da língua escrita, apontando o caminho que cada criança percorre para escrever. Para Lopes; Abreu; Matos (2010, p. 7) “a pesquisa de Emília Ferreiro permitiu-lhe identificar quatro níveis de evolução da escrita, até o momento em que se pode considerar que a criança venceu as barreiras do sistema, sendo capaz de interpretar (ler) e reproduzir (escrever) símbolos gráficos”. Isso permitiu que avançássemos na compreensão conceitual do que é a alfabetização.
Nesse caso, a evolução da escrita é apresentada em quatro níveis: nível pré-silábico; nível silábico; nível silábico-alfabético; nível alfabético. Lopes Abreu; Matos (2010, p. 8-9) descrevem cada uma das seguintes características.
Nível pré-silábico: inicialmente, a criança não diferencia o desenho da escrita, e não dá nenhum significado ao texto. [...]
Nível silábico: a escrita representa partes sonoras da fala, porém, com uma particularidade: cada letra vale por uma sílaba.
Nível silábico-alfabético: é uma transição entre o nível silábico e o nível alfabético. [...] a criança descobre que o esquema de uma letra para cada sílaba não funciona e, assim, procura acrescentar letras à escrita da fase anterior.
Nível alfabético: É a fase final do processo de alfabetização de um indivíduo. Nesse nível, pode-se considerar