ROTEIRO SOBRE EPILEPSIA
Definição (Alanna e yves)
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.
As crises epiléticas, convulsivas ou não convulsivas, são manifestações clínicas neurológicas transitórias (p. ex., manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, autonômicas, cognitivas, afetivas, etc.) decorrentes de descargas excessivas e hipersincrônicas de uma população de neurônios do encéfalo.
Havendo comprometimento motor (abalos ou contração muscular), essas crises são denominadas convulsivas. Há vários tipos de crises, cada uma com manifestações clínicas características. As crises epiléticas são sintomas comuns de um distúrbio da função cerebral e, por isso, ocorrem freqüentemente em condições neurológicas e/ou médicas agudas (p. ex., meningites, hipoxia, coma hiperglicêmico não cetótico). Essas crises que ocorrem apenas quando há uma doença neurológica ou sistêmica aguda e que não recorrem posteriormente não caracterizam a epilepsia.
Epidemiologia
A epilepsia é uma das doenças primárias do sistema nervoso central (SNC) mais comum, afetando 40 milhões de pessoas no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
Etiologia
As crises são causadas devido a um desvio do equilíbrio normal entre excitação e inibição dentro do SNC. Pelo fato de existirem diversas propriedades que controlam a excitabilidade neuronal, não é surpresa que existam muitas maneiras diferentes de perturbar esse equilíbrio normal e, por isso, podem apresentar etiologias diversas (Quadro 92.1).
Causas (Maria Zélia)
A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas, etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à