Roteiro do filme Meu nome é Jonny
A história de Jonas não é muito diferente de grande parte das crianças surdas de hoje. O filme nos mostra vários aspectos da vida da criança com surdez, algumas das quais gostaria de sugerir as seguintes reflexões:
1 - Quando Jonas chega em casa, depois de voltar da instituição para deficientes mentais, um de seu tios comenta “ Mas ele não fala? E como ele pensa?”. Comente um pouco sobre a importância da linguagem para o desenvolvimento intelectual da criança.
R – O tipo de linguagem não anula o pensamento. O fato dele não saber a gramática usada pelos ouvintes nem dominar a fala, não significa que ele não se comunique consigo mesmo, que é o pensar.
A inteligência dele vai se desenvolver independente do tipo de linguagem que ele usa para se comunicar. O tipo de língua não é critério de desenvolvimento intelectual.
2 - É muito comum a afirmação de que “os surdos são muito agressivos” você observou esse comportamento de Jonas durante o filme? A que foi devido tal comportamento?
R – O comportamento agressivo acontece pelo fato dele não conseguir se comunicar e se irritar com situações de desentendimento e incompreensão, da mesma maneira que os pais dele, que são ouvintes, também se irritam em vários momentos que não conseguem entender a situação do filho. A irritabilidade não tem relação fisiológica com a surdez, e sim com a repressão à que o surdo é sujeito.
3 - No final do filme, a mãe discute com a diretora da escola oralista e fala: “você quer fazer dele o que ele não é!”. A que ela estava se referindo? Reflita sobre isso.
R – Ela se referia ao método oralista de qual a criança era submetida, que consiste de uma maneira invasiva e incompreensiva a fazer alguém que não consegue escutar, aprender alguma coisa através da audição e da fala.
Ele é surdo e precisa lidar da melhor forma com isso, e não concentrar esforços em algo que simplesmente não faz nem fará sentido algum para ele.
OBS -