Roteiro do Documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro
Documentário é datado entre os anos de 2002/2003, na Penitenciaria Professor Flaminio Fávero, no então Complexo Carcerário do Carandiru. O vídeo começa detalhando que a população carcerária daquela época somava cerca de 250.000 mil presos, distribuídos em 1.000 unidades prisionais pelo Brasil. O documentário evidencia então a rotina dos presos dessa casa de detenção, contando inclusive com a ampla participar dos mesmos na construção do filme.
O complexo era dividido em pavilhões, onde existia uma regulamentação interna de divisão dos presos, cada pavilhão de um pátio central, e todos por sua vez, tinham uma área de convívio para além dos pátios. Em uma espécie de área administrativa, existia um quadro de controle, onde eram datados, por exemplo, os números de presos de cada pavilhão e número de entrada e saída. Ao decorrer do documentário, evidenciamos que a única padronização do presídio é a distribuição de uma calça, tal qual, de um corte de cabelo. Os detentos são enviados a uma espécie de palestra inaugural onde são alertados que serão vigiados 24 horas, na qual também são apresentados ao universo carcerário, a partir daquele momento eles deveriam esquecer todas categorizações a eles atribuídos, eles seriam reeducados. Recebem ainda uma cartilha de direitos e deveres do preso.
O documentário entra no espaço do preso para compreender suas lógicas de vida, uma coisa nítida durante todo documentário é a construção da cela como uma casa, apesar da péssima estrutura, os presos podem contar com tv’s, e até fogões. A cela também é um ambiente de trabalho, que podem virar desde estúdios de tatuagem, a espaços para confecção de cachaça.
Em um dos relatos inicias, após elucidar fatos da sua vida na prisão, um detento alega que “o sistema ta contra nois”. A reeducação do preso parte da premissa do trabalho, assegurado a todos pela constituição, a cada três dias trabalho, um a menos na pena. Para além do trabalho, o preso tem