Rompendo com a alienação
Serviço Social: Rompendo com a Alienação
O século XX e a “questão social” A grande depressão arrastando-se por toda a Europa espalhara seus efeitos, com maior ou menor intensidade, por todos os países [...] a classe dominante concentrava seus esforços nas tentativas de recuperação da economia, buscando estratégias que lhe pudessem trazer a expansão de seu capital como retorno. Somente nos primórdios do século XX é que o quadro se tornou um pouco mais estável, determinando [...] certa queda no nível de tensão reinante. Por outro lado, no plano da relação capital-trabalho, os avanços do movimento operário e o amadurecimento de seu processo organizativo mantinham a classe dominante em estado de permanente ansiedade. Assim, mesmo sem poder fazer previsões seguras sobre a marcha dos acontecimentos do século XX, pelo menos duas situações eram claras: 1) A “questão social” estava posta no centro do palco histórico, em toda a sua plenitude; 2) No confronto entre suas grandes personagens, o domínio de cena já não era mais do capital. A sociedade capitalista estava á beira do colapso, com uma economia deteriorada e com um quadro social bastante preocupante, em que os índices de desemprego cresciam e o pauperismo se generalizada. O final da terceira década do século XX foi marcado por uma crise econômica mundial muito mais densa e profunda do que todas as crises provocadas pela Grande Depressão. As possibilidades de reversão desse quadro eram vistas de forma sombria pela classe dominante que, aliada ao Estado, conjugava esforços, tendo em vista a recuperação da economia. Desenvolvendo mecanismo de absorção do excedente com isso garantindo a manutenção do crescimento, os monopólios foram fortalecendo-se e com eles as alianças da classe dominante entre si, e com o próprio Estado. Entre os anos de 1930 e 1940, até mesmo o direito de associação voltou a ser contestado, o que levou a uma coercitiva vigilância sobre a ação dos sindicatos.