Romatismo

Romantismo

O Romantismo pode ser inicialmente descrito como um movimento artístico de oposição aos parâmetros anteriormente estudados. Desta forma, seus autores caminhavam num sentido contrário ao da racionalidade clássica e da valorização do campo, como notamos no Neoclassicismo, passando a enfatizar a nacionalidade e a identificar-se com o sentimentalismo popular. Essa nova escola literária surgiu no século XVIII com o advento da Revolução Industrial na Europa, mais precisamente na Inglaterra e na Alemanha e foi se consolidando até chegar à França, onde teve um grande impulso com a Revolução Francesa de 1789, pois os ideais desse novo estilo encontraram um ambiente adequado ao seu teor revolucionário. Em Portugal e no Brasil esse movimento literário só foi introduzido no século XIX, quando em Portugal acontecia a Revolução Constitucionalista do Porto (monarquistas x liberais) , e teve como marco inicial a publicação do poema narrativo Camões, de Almeida Garrett, em 1825. No Brasil, o romantismo chegou de encontro com um processo revolucionário, a Independência de 1822. O livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães (1836), representa a primeira tentativa de adoção do modelo romântico por um artista local. O movimento romancista possui três aspectos fundamentais: o individualismo, através do qual o artista torna-se o centro do universo poético, estabelecendo a sua maneira de sentir o mundo. O nacionalismo que se opõe a mesmice proposta pelo pastoralismo árcade, valorizando as particularidades locais e abrindo espaço para a cultura popular. A liberdade de expressão, que demonstra a incessante busca pela originalidade, sem que haja um padrão ou modelo preestabelecido. Além disso, podemos notar características, como: forte presença do sentimentalismo, onde a emoção supera a razão; a idealização da mulher amada, que é associada à pureza e a perfeição física; o maniqueísmo, que é a oposição absoluta entre o bem