ROMANTISMO
Romantismo, assim como tantos outros movimentos literários, se deve à manifestação preconizada por outras estéticas literárias antecedentes e a fatores ligados ao contexto social da época em que foi disseminado.
Caracterizando-se como uma espécie de repúdio às ideologias pregadas pela era Clássica, o movimento romântico cultua o amor com base na irracionalidade, o individualismo e o subjetivismo em detrimento às regras fixas proferidas pelo Classicismo.
Aliada a tal objetivo, não podemos nos esquecer de que o contexto histórico também foi preponderante, principalmente em decorrência da Revolução Francesa e da Revolução Industrial. Essa última, a qual nos lembra diversas transformações ligadas ao campo econômico, gerou um clima de insatisfação por parte da sociedade.
Dessa forma, o Romantismo “exala” um verdadeiro descontentamento em se tratando da evidente desigualdade social, gerando um inconformismo, desejo de solidão, anseios de justiça, e, sobretudo, a busca pela liberdade.
Primeira geração – Nesta, o ufanismo, em decorrência da recente independência do país, fez com que prevalecesse um verdadeiro sentimento de nacionalidade, no qual o culto pela cultura primitiva, em especial à figura do índio, teve sua palavra de ordem. A título de representatividade, vejamos alguns fragmentos pertencentes a uma criação de Gonçalves Dias:
Canção do exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
[...]
Por meio de uma análise, podemos detectar as características anteriormente mencionadas, tais como a exaltação da natureza e o sentimento ufanista revelado pela valorização dos aspectos nacionais.
Segunda geração – Também conhecida como ultrarromântica, em virtude do exacerbado