Romantismo
O movimento e suas características
O adjetivo romântico deriva do francês romantique, que provém do substantivo roman ou romant. A princípio, designava toda e qualquer obra que apresentasse características medievais, ou evocasse a atmosfera dos romances de aventuras. No século XVIII, Rousseau adotou-o em francês, estabelecendo diferenças entre romantique e romanesque. Com a nova conotação, a palavra passou, então, a todas as línguas europeias, e, no século XIX, Frederico Schlegel e Madame de Stael empregam-na em oposição ao clássico.
Como podemos observar, a própria etimologia do vocábulo já revela uma das principais características do movimento: a valorização do passado medieval.
Filiado à ideologia de Rousseau, o romântico procura, na Idade Média, os princípios básicos para a sua sobrevivência: espiritualismo, religiosidade, o ideal heroico, pureza e lirismo.
O mundo greco-romano, tão valorizado pelos clássicos, precisava ser substituído pelos domínios da imaginação e da fantasia.
Assim, alicerçado nesses suportes, parte em busca de uma bagagem individual, pois acredita que toda riqueza resida no universo interior dos homens. Nasce aqui, o individualismo, atitude marcante no romântico, em oposição aos aspectos universais do clássico.
Desse modo, o “eu” torna-se o centro de tudo, originando o egocentrismo. Egoísta, voltado para si, o autor admira-se e comporta-se como o adolescente narcisista. Fascinado com suas atitudes, começa, então, a ver o mundo circundante com olhos subjetivos, alongando a realidade de acordo com as dimensões de sua emotividade. Baseado na filosofia de Kant, o romântico analisa e vê os objetos exteriores como reproduções mentais de seu íntimo. Entra, pois, nos domínios de um mundo utópico, fantástico, orientado pela anarquia de seus sentimentos e guiado pela chama de suas emoções.
É o grito de vitória da sensibildade oprimida pela soberania racional dos séculos anteriores.
Relegando a razão, o romântico se