romantismo
De modo geral, o romantismo reagiu contra o espírito racionalista que, sozinho, pretendia dar conta do mundo e da sociedade. Captando precocemente a racionalização e a mecanização que caracterizava o mundo industrial, o romantismo intuiu a ameaça que esse processo representava para a expressão dos indivíduos, tendo em vista que os sentimentos e as emoções estavam sendo relegados ao segundo plano.
Contra essa confiança exclusiva na razão, os românticos propuseram a exaltação das paixões e dos sentimentos valorosos. O romantismo também retomou a ideia da natureza como força vital que resiste à racionalização do mundo humano. Era o renascimento do instinto e da emoção contra a supremacia da razão, a afirmação dos sentimentos contra a frieza da racionalidade, após o reconhecimento de que o mundo humano se tornava mais e mais injusto e o indivíduo cada vez mais insatisfeito, não encontrando na sociedade a satisfação para seus anseios mais profundos. Assim, enfatizando a intuição e a fantasia, o romantismo vai se caracterizar por uma valorização da sensibilidade e da subjetividade.
Uma das respostas a essa inconformidade com o mundo social se dá através da exaltação da natureza, que passa a ser idealizada, a ser vista com certo misticismo. A concepção de Deus como razão suprema, própria do iluminismo, é substituída pela concepção mística e emocional, segundo a qual Deus fala a linguagem do coração. A natureza devolve ao homem romântico o sentimento de plenitude, de pertencimento a uma totalidade que ele não reconhece mais na fragmentação racionalista do mundo social.
Acrescentem-se a essas características românticas o desenvolvimento do sentimento pátrio, a valorização dos costumes e das