Romantismo
Prosa II
Manuel Antônio de Almeida Manuel Antônio de Almeida (1831-1861) nasceu no Rio de Janeiro. De família pobre, cursou Medicina com muita dificuldade, mas dedicou-se ao jornalismo. Produziu apenas uma obra: “Memórias de um sargento de milícias”. Foi provavelmente no contexto humilde onde viveu que o autor buscou o universo de sua obra. Memória de um sargento de milícias constitui uma obra de caráter singular, porque apresenta uma série de procedimentos que fogem ao padrão da prosa romântica do século XIX. Manuel Antônio de Almeida utiliza uma linguagem mais popular e coloquial, mais “brasileira” por assim dizer e, ao desmitificar a figura do “herói” romântico com o malandro Leonardo, ele introduz em seu romance uma característica marcante do Modernismo, movimento que surgiria apenas no século XX: uma visão realista, crítica e até irônica da realidade em detrimento àquela visão idealizada e ufanista do Romantismo.
José de Alencar José Martiniano de Alencar destacou-se como o mais importante romancista do nosso Romantismo, tendo escrito ainda peças de teatro e crônicas. Sua produção de romances pode ser esquematizada:
Romances sociais ou urbanos: Cinco minutos, A viuvinha, Lucíola, Diva, A pata da gazela, Sonhos d’ouro, Senhora, Encarnação;
Romances regionalistas: O gaúcho, O tronco do ipê, Til, O Sertanejo;
Romances históricos: O guarani, As minas de prata, A guerra dos mascates;
Romances indianistas: Iracema, Ubirajara.
Alencar destaca-se também por ter definido um estilo “brasileiro” na língua literária. Reivindicando o direito dos brasileiros a uma língua e literatura com fisionomia própria (porque, segundo ele, isso era uma inevitável consequência do nosso desenvolvimento como nação independente), protestou contra os puristas, que achavam que nossos escritores deveriam escrever tal como se fazia em Portugal.
Senhora: o comércio do amor A obra relata a dramática história de amor entre Fernando