Romantismo (poesia)
ROMANTISMO: POESIA
Bárbara Amorim, nº. 03
Bruna Gomes Vieira, nº. 06
Cybelle Teixeira, nº. 10
2º EMC A
Disciplina: Língua Portuguesa (Literatura)
Professora Célia
São Bernardo do Campo
2011
1ª GERAÇÃO: INDIANISTA
O CANTO DO GUERREIRO
I
Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
II
Valente na guerra
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há como eu sou?
III
Quem guia nos ares
A flecha emplumada,
Ferindo uma presa,
Com tanta certeza,
Na altura arrojada
Onde eu a mandar?
— Guerreiros, ouvi-me,
— Ouvi meu cantar.
(...)
V
Na caça ou na lide,
Quem há que me afronte?!
A onça raivosa
Meus passos conhece,
O imigo estremece,
E a ave medrosa
Se esconde no céu.
— Quem há mais valente,
— Mais destro do que eu?
VI
Se as matas estrujo
Co'os sons do Boré,
Mil arcos se encurvam,
Mil setas lá voam,
Mil gritos reboam,
Mil homens de pé
Eis surgem, respondem
Aos sons do Boré!
— Quem é mais valente,
— Mais forte quem é?
(...)
VIII
E o Piaga se ruge
No seu Maracá,
A morte lá paira
Nos ares flechados,
Os campos juncados
De mortos são já:
Mil homens viveram,
Mil homens são lá.
IX
E então se de novo
Eu toco o Boré;
Qual fonte que salta
De rocha empinada,
Que vai marulhosa,
Fremente e queixosa,
Que a raiva apagada
De todos não é,
Tal eles se escoam
Aos sons do Boré.
— Guerreiros, dizei-me,
— Tão forte quem é?
Gonçalves Dias 1. BIOGRAFIA DO AUTOR
Antônio Gonçalves Dias nasceu no ano de 1823 em Caxias, no Maranhão, e faleceu em 1864. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, retornando ao Brasil em 1845 e viajou pelo Brasil e pela Europa a serviço do governo brasileiro. Em São Luís fracassa o relacionamento amoroso com Ana