Clínica médica
Sepse é o conjunto de reações, por vezes dramáticas e catastróficas, desenvolvidas pelo ser humano em resposta à invasão de microorganismos patogênicos. É uma síndrome clínica que se manifesta em espectros distintos de gravidade. Caso não diagnosticado e tratado corretamente pode agravar-se com o decorrer do tempo. Usualmente, o início do quadro clínico se manifesta com alterações inespecíficas e sutis dos sinais vitais como taquicardia e taquipnéia. O diagnóstico da síndrome séptica é clinico, baseando-se nas alterações que constituem a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS). Apresenta um conjunto de pelo menos duas das seguintes manifestações: febre ou hipotermia, taquicardia, taquipnéia, leucocitose ou leucopenia. É condição aguda ocasionada pela liberação sistêmica de mediadores inflamatórios e ativação generalizada do endotélio, gerando quebra da homeostase com comprometimento e disfunção de órgãos distantes do foco primário. Reflete o grau de estresse orgânico associado a diversas condições clínicas como: trauma, queimaduras, pancreatite aguda grave, intervenção cirúrgica, terapia transfusional e infecção.
2)Como e quando intervir para evitar o avanço das complicações sistêmicas?
O reconhecimento precoce e um tratamento adequado são fundamentais para prevenir a cascata de eventos que culmina com o choque e falha orgânica múltipla. Saber que a resposta inflamatória persiste por horas e dias após o início das terapias adequadas permitirá a continuidade dos cuidados intensivos. Somente a compreensão dos mecanismos básicos envolvidos na resposta inflamatória do hospedeiro permitirá a escolha da terapêutica correta. A introdução precoce de antibióticos adequados é fundamental para uma boa evolução do caso clínico. O tratamento do quadro séptico tem como finalidade debelar o sítio infeccioso e proporcionar condições satisfatórias para a manutenção do metabolismo celular. O tratamento