Romantismo Brasileiro
Aliada a esta concepção, é importante sabermos que mesmo tratando-se de algo ligado à individualidade, o artista, assim como todo ser pertencente a uma esfera social, vive à luz dos acontecimentos e que de certa forma se deixa influenciar por esses. Assim sendo, toda criação é pautada sob uma corrente ideológica – fruto de um contexto histórico, social e político ora em voga.
Munidos desse conceito, sentimo-nos aptos a compreender a criação artística que norteia as chamadas escolas literárias que representam o conjunto de obras preconizadas pelos nossos artistas.
No intuito de representá-las, enfatizaremos o Romantismo, surgido em 1836 com a obra Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães. Imbuídos de um sentimento nacionalista, em virtude da Proclamação da Independência, os representantes do período em questão, uma vez fartados pelo longo processo de submissão ao controle lusitano, tinham por objetivo retratar uma arte genuinamente brasileira, identificando-se com as raízes históricas do país, com a terra, as tradições e os costumes nativos.
Retratando tal sentimento ufanista temos a figura do índio, caracterizado como sendo o herói nacional, cuja concepção está diretamente ligada à teoria “do bom selvagem”, sob a ótica do filósofo suíço, Jean-Jacques Rousseau, ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem.
O Romantismo, tal qual os demais estilos de época, se caracteriza por determinados aspectos que lhe são peculiares, levando em consideração todo um