Roma
Estes pontos nortearam, por conseguinte, algumas das ações desenvolvidas pelos romanos no campo político ao longo dos séculos I a III d.C. Observamos um longo processo de envolvimento das legiões romanas com as fronteiras orientais, notadamente nas províncias da Síria, Judéia, Arábia Petréia e com o reino da Armênia, além dos territórios disputados e invadidos por Trajano. Estas ações tinham os mais variados fins: defesa contra agressões partas, domínio de áreas de transito comercial, interferência na política externa, entre outros fins.
Retomando a ideia da importância da rota da seda para os romanos, verificamos que ela servia ao Ocidente como uma importante via de fluxo comercial, tanto para exportação como para importação. Os romanos possuíam diversas manufaturas cuja produção estava fortemente vinculada aos mercados estrangeiros, tanto dentro como fora dos limites imperiais. É o caso do vidro e dos perfumes feitos na Síria e no Egito, que eram vendidos, no Oriente Próximo, para mercadores gregos, latinos, indianos, partos e até chineses, ocasionalmente. Estes produtos eram levados para todas as províncias do império, onde eram utilizados pelas elites locais como símbolos de ostentação, prestígio e civilização. Esta prática social, encontrada também na China, na Índia e na Pártia, dava ensejo à importação dessas mercadorias de luxo,