Roma antiga
A escravidão na Antiga Roma implicava uma quase absoluta redução nos direitos daqueles que ostentavam essa condição, convertidos em simples propriedades dos seus donos. Com o passar do tempo, os direitos dos escravos aumentaram. Contudo, mesmo depois da alforria (manumissio), um escravo liberto não possuía muitos dos direitos e privilégios dos cidadãos romanos.
Tal como aconteceu na Grécia, também a economia em Roma se baseou no trabalho de escravos, uma vez que os cidadãos tinham de se dedicar totalmente aos afazeres políticos e sociais.
Nos primórdios da República (séculos V a. C.) eram ainda poucos os escravos, tendo o seu número aumentado a partir dos séculos III e II a. C. com as capturas efetuadas por meio de pirataria marítima e pelas conquistas territoriais do Império Romano. Era, sobretudo, em Delos e em Cápua que se comerciavam estes escravos, provindos inicialmente da Ásia e da África sob domínio de Roma, e o negócio era de tal forma lucrativo que as vendas ascendiam por vezes a algumas dezenas de milhar diárias.
Os donos possuíam sobre estes servos todos os direitos, inclusivamente os de vida e morte. Não lhes era permitido ter nome, participar na vida política, possuir coisas de sua propriedade ou casar-se. Eventualmente, se o senhor fosse bondoso ou se agradasse de algum dos seus escravos poderia dar-lhe alforria.
As condicionantes que levavam à escravatura eram algo semelhante às da Grécia, contando-se a exposição de crianças (que pertenceriam a quem as recolhesse), a venda do filho pelo pai, a venda da própria pessoa, a venda para pagar dívidas, o aprisionamento durante a guerra, a venda de peregrinos capturados, a venda de vassalos por alguns dos reis do Oriente e ser filho de uma escrava.
No seio deste grupo social havia também diversas classes, nas quais se enquadravam os escravos que possuíssem mais ou menos conhecimentos e de acordo com o teor destes mesmos conhecimentos. Os senhores cultos e abastados tinham a possibilidade de