Role Play Caso Criméia
A República da Criméia, localizada em uma península pertencente à Ucrânia, foi colonizada por tártaros (povo vindo da Sibéria) e mongóis em meados de 1223, e por volta de 1777, foi conquistada pelos russos. Ao longo da história, ocorreram migrações de diversos povos, como os turcos e os búlgaros, deixando assim, o mapa etnográfico da região bastante diversificado. O processo de formação desse povo continuou durante aproximadamente 500 anos, possibilitando com que a Criméia ganhasse uma grande variedade de culturas e religiões, e que tal diversidade, pode ser representada em seus monumentos islâmicos, cristãos e judaicos.
Em meados de 1921, logo depois no início da Primeira Guerra Mundial, a Criméia, que por questões culturais, histórias e militares, anexou-se à República Socialista Soviética Russa (RSSR). Por volta de 1945, em meio a uma crise mundial acarretada pela Segunda Guerra, o então ditador Stalin, expulsou as pessoas que tinham origem tártara da Criméia, deixando apenas os russos no local. Nove anos depois, em uma atitude de amizade, o então líder da União Soviética, Nikita Kruscheva, transferiu o território da Criméia para a Ucrânia. Com tal gesto, Kruscheva acabou devolvendo a autonomia que o país havia perdido na época de Josef Stalin.
A península da Criméia é historicamente um território em disputa. Logo após ter reconquistado sua autonomia, movimentos separatistas que queriam ver a Criméia pertencente a Rússia foram crescendo. A situação só não piorou, porque a Ucrânia conseguiu minimizar os anseios separatistas.
Atualmente, o país detém três grandes portos da marinha Russa, e é localizada estrategicamente para a saída dos navios russos para os mares Negro e Mediterrâneo. A disputa entre Ucrânia e a Rússia por esta península é uma a questão estratégica e também histórica.
Hoje, a grande parte da população da Criméia é de origem russa, contanto também com 24,4 % de ucranianos e 12,2% de pessoas com origem