rock
Na década 80 o rock teve seu último grande estouro com o aparecimento de dezenas de bandas nacionais que dominaram a cena musical no Brasil.
Era o fim da ditadura militar com a abertura democrática, a campanha Diretas Já, a eleição indireta de Tancredo Neves e sua morte, a posse de José Sarney e o Plano Cruzado.
Bandas com perfil rebelde, sacudiram o país de norte a sul, rompendo de vez com as amarras do sistema impostas aos filhos da Revolução, palavras raivosas foram ditas numa voracidade crua sem filosofias ou compromissos, e por isso mesmo traduziam um real sentimento, escancarar a realidade. Um notável mar de verdades certeiras influenciaram os jovens que passaram a compor e a cantar em seu próprio idioma o ritmo que mais curtiam o Rock and Roll, trazendo de volta ao topo das paradas nacionais, a língua Portuguesa.
As bandas nacionais despontavam e ocupavam cada vez mais espaço na programação das rádios, nos programas de auditório na TV e até no cinema. Eram ousadas, contestadoras e geograficamente dispersas.
Suas letras falam na maioria das vezes sobre amores perdidos ou bem sucedidos, não deixando de abordar é claro, algumas temáticas sociais. O grande diferencial das bandas deste período, foi a capacidade de falar sobre estes assuntos sem deixar a música tomar um peso emocional ou político exagerados. Fora a capacidade que seus integrantes tinham de falar a respeito de quase tudo com um tom de ironia, outra característica marcante do movimento. Outra particularidade típica foi o visual próprio da época: cabelos armados ou bastante curtos para as meninas; gel, roupas coloridas e extravagantes para os meninos; e a unissexualidade de tudo isso, herança direta do Glam Rock de Marc Bolan, David Bowie e seus discípulos, como o Kiss e The Cure.
BRock foi o nome dado por Nelson Motta, para o movimento de novas bandas surgido no principio da década de 80, sob a influência das grandes bandas de rock brasileiras e estrangeiras dos anos 70,