Rock in Rio não é ilegal,não é imoral e não engorna

Muitos de meus amigos católicos estão fazendo duras críticas aos frequentadores do Rock in Rio nas redes sociais. “Aquilo não é lugar pra católico”, dizem. A crítica se baseia especialmente no fato de haver bandas blasfemas e com temática satânica presentes no festival. Compreendo… mas discordo!

Com todo o respeito a quem, por zelo, está falando essas coisas: vocês não fazem a menor ideia do que é o Rock in Rio. Assim como alguém que está na frente da TV, clica no controle e muda de canal, no RiR o público pode facilmente sair de uma atração, se desligar dela completamente, e buscar outras coisas pra ver e fazer. São diversos eventos acontecendo ao mesmo tempo!

ta_amarradoAlexandre (O Catequista) e eu fomos no dia em que a atração principal era o Bon Jovi. Não nos interessamos e praticamente não vimos nenhuma das demais bandas. Enquanto rolavam as atrações no palco principal, nós comemos, assistimos uma apresentação de dança irlandesa, um show de música celta e uma performance com bambolês. Também participamos de um jogo pra ganhar um brinde da Heineken (valia mais pela diversão do que pelo brinde).

Depois de tudo isso, fomos achar um lugar legal pro show do Bon Jovi, que é decente o suficiente pra qualquer freira assistir. O clima do festival? Mais familiar do que um dia de praia. Muitos casais, mas tudo muito tranquilo, sem aquele clima de pegação animalesco das micaretas. Algumas pessoas fumando maconha, é verdade; mas até aí, nada demais: isso eu vejo até na porta da igreja que frequento (bem-vindos à Copacabana!).

De coração, eu digo: minha consciência não me acusa de ter cometido nenhum pecado, nem mesmo venial, durante o Rock in Rio.

E, sinto muito se alguém ficar escandalizado: eu não fui, mas eu teria ido numa boa no festival no dia em que a tal banda sueca macabra (qual é o nome daquela porcaria, mesmo?) tocou. Curto demais o Metallica – que era atração seguinte – e poderia muito bem ter ignorado solenemente o grupo anterior. É isso o que,