Rock Brasil
qualquer espécie de nacionalismo. Também não significa nenhum tipo de
inferioridade com o rock internacional. Ao contrário, a idéia de Dapieve foi dar nome, juntando ao “rock” uma única letra, à maturidade
alcançada pelo rock brasileiro durante a década de 80.
Nelson Motta (2000), relatou assim a música pré-Bossa Nova, pré-MPB e
pré-rock and roll,
“A música pelo menos a que se ouvia no rádio e nos discos era insuportável para um adolescente de Copacabana no final dos anos 50. Boleros e sambas-canções falavam de encontros e desencontros amorosos infinitamente distantes de nossas vidas de praia e cinema, de livros e quadrinhos, de início da televisão e da ânsia da modernização. Para nós, garotos de classe média de Copacabana, aqueles cantores da Rádio Nacional e suas grandes vozes, dizendo coisas que não nos interessavam ,em uma linguagem que não entendíamos, eram abomináveis.”
As tendências mundiais do Rock and Roll chegaram ao Brasil nos anos 50, e com a Jovem Guarda nos anos 60 tornou-se um ritmo nacionalmente popular através de versões ingênuas para o português de sucessos estrangeiros.
No inicio dos anos 80, o Brasil teve seu ultimo grande estouro, quando varias bandas nacionais dominaram a cena musical no Pais.
Para traduzir um sentimento real para escancarar a realidade, as musicas tinham letras com palavras raivosas, sem filosofia ou compromissos.
E um mar de verdades certeiras influenciaram os jovens, que passaram a compor e a cantar em seu próprio idioma o ritmo que mais curtiam o Rock and
Roll, trazendo de volta ao topo das paradas nacionais a língua Portuguesa.
Ainda nos anos 80, a marginalidade do BRock era muito grande, e nem em seu momento de maior sucesso, conseguiria tirar a ideia de ser uma febre passageira, o rock demorou quase 3