riscos ambientais
ISSN 1984-9354
AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS
DOS CANTEIROS DE OBRAS CASOFIOCRUZ
Daniele de Araujo Vecchione (Fiocruz) vecchione@fiocruz.br Fernando Toledo Ferraz (UFF) fernando@latec.uff.br A construção civil apresenta uma mão-de-obra abundante e predominantemente pouco qualificada. Esta abundância se torna possível porque o recrutamento para os trabalhos braçais não exige experiência, prevalecendo, assim, a quantidade sobre aa qualidade. A baixa qualificação se dissemina pela prevalência da rotatividade, alimentada pela costumeira substituição dos trabalhadores. Scardoelli et al. (1994) observam que a absorção de pessoas com menor capacitação ou sem nenhuma experiência profissional pode ser apontada como causa do atraso do setor. Franco (1998), por sua vez, argumenta que o conceito de que o trabalhador da construção civil é
“desqualificado” vem da associação da qualificação à educação formal, praticamente inexistente no setor.
Muitas das atividades da construção civil são realizadas sob a influência das intempéries, intensificando a insalubridade e as más condições de trabalho. É notória a precariedade do setor em termos de higiene e de segurança do trabalho, com elevados índices de acidentes.
Os operários são submetidos a esforços físicos excessivos, causados pelas elevadas cargas que manuseiam e transportam, além das posturas inadequadas e desgastantes às quais são submetidos, devidos às características das tarefas. Quando, além das más condições do ambiente de trabalho, também se observa que são pouquíssimas as iniciativas em termos de treinamento da mão-de-obra é que se constata um processo de degradação das relações de trabalho.
Palavras-chaves: construção civil; saúde e segurança ocupacional, riscos VI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
Energia, Inovação, Tecnologia e Complexidade para a Gestão Sustentável
Niterói, RJ, Brasil, 5, 6 e 7 de agosto de 2010
1- FORMULAÇÃO DA