Rios e Córregos de São Paulo

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POR QUE ESTAMOS COM SEDE?

A canalização dos córregos e rios na cidade de São Paulo é uma questão que traz bastante reflexão no atual momento. Como “realmente” estamos tratando nossa água? É uma questão que devemos repensar, de forma geral, o mais breve possível.
Segundo o DECRETO Nº 24.643, DE 10 DE JULHO DE 1934, conhecido como Código das Águas, o Governo é dono de todos os córregos e rios que cortam as cidades brasileiras. É Seu dever zelar para que os mesmos mantenham preservadas suas biotas.
Como está o córrego perto de sua casa? Sabia que peixes já nadaram nele? Hoje é triste saber que, na maioria das vezes, o transformaram em um “local de despejo de esgoto”, seja ele canalizado ou não.
Segundo especialistas, não se caminha 300 metros em São Paulo sem que se passe por cima ou às margens de um rio ou córrego. Já se perguntaram o motivo daquele vão ao lado do Teatro Municipal se chamar “Vale do Anhangabaú”? Ou o motivo de bairros e ruas terem os nomes iniciados por “rio”? Avenida Pirajuçara, Água Rasa, Rio Pequeno, Águas Espraiadas.
Só São Paulo, esconde em seu subsolo mais de 300 córregos e rios. Em questão de água doce, era pra está em situação bem melhor do que se encontra. Mas, o aumento desordenado da população junto com o, praticamente, total descaso do Governo, levaram à “morte” quase todos.
Até meados do século XIX, os rios e córregos de São Paulo ainda preservavam seus leitos e margens originais. Ainda era possível tomar banho e pescar em vários deles. O “ainda” é porque já haviam vários projetos de canalização dos mesmos. Os rios Tietê, Jurubatuba (atual Pinheiros) e Tamanduateí, eram palcos de competições aquáticas nos estilos remo e nado. Mas, com o grande número de imigrantes de outros países e outros estados, veio também o aumento territorial avançando sobre eles. O Governo não se preocupou em protege-los, e ainda os usou como locais de despejo de capitação de esgotos, tanto doméstico como industrial. Ou seja, viu os rios e córregos

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