Rio zezere
A forma em “U” do Vale do Rio Zêzere deve-se aos gelos que formaram uma cúpula no cimo da montanha de onde divergiam línguas que escoavam pelos vales periféricos. Apesar de se tratar de um Vale Glaciar, e por isso muito aberto, as encostas são muito ingremes, cobertas de bolas graníticas e um caos de blocos, principalmente na base de línguas de água. A língua de gelo que deu origem ao Vale Glaciário do Zêzere atravessava a zona onde hoje se situa a Vila de Manteigas, dissolvendo-se mais à frente, a cerca de 680 metros de altitude, sendo alimentada pelas línguas de gelo da Nave de Santo António, do Covão D’Ametade, da Candieira e dos Covões, atingindo, a montante, 300 metros de espessura, como se comprova pela existência de moreias – espaços onde os gelos depositaram grandes rochas deslocadas do planalto glaciar.
Ameaças a que está sujeito:
O Vale do Rio Zêzere está sujeito a ameaças humanas, tais como o loteamento (construção de casas) próximas ao vale e também por ser um local de interesse turístico, a criação de hotéis e pousadas que podem causar impacto na biosfera como na geosfera do local.
Importância Cientifica
O Vale do Rio Zêzere permite-nos construir a história geológica do local, bem como estudar as rochas de que é formado. O vale é formado por xistos, granitos e corneanas.
Importância Sociocultural
Apesar das consequências negativas que o turismo pode trazer ao vale, traz benefícios socioculturais, criando empregos na parte turística. A criação destes postos turísticos pode trazer também benefícios à população mais próxima, não só no comércio, mas também no conhecimento da zona que habitam.
Importância Turística
O turismo nesta zona pode trazer, como se disse antes, criação de postos de emprego, promover o comércio nas zonas próximas ao vale, trazendo mais riqueza à população.