Rio 40 graus

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
IFCH-INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

FILME RIO 40 º, UM RETRATO DO RIO

SEMINÁRIO ESPECIAL EM HISTORIA DO BRASIL I
PROFESSORA;
ALUNo

Ao iniciar com uma tomada aérea da cidade do Rio de Janeiro, o filme “Rio 40 graus” pode dar a impressão de ser mais um que pretende exaltar as belezas naturais e singulares da nossa cidade. Mas ao decorrer de sua história, o filme mostra ao espectador uma realidade que não servia de cartão postal, mas que retratava o que sempre fez parte do cenário da cidade. Jovens da favela em meio urbano vendendo amendoim para turistas e moradores das zonas mais abastadas.
O filme “Rio 40 graus” é de Nelson Pereira dos Santos, que também dirigiu filmes como, “Rio, Zona Norte’ e “Vidas secas”, e muito inspirado no cinema italiano de neo-realismo com filmes como Parigi, é sempre Parigi(1951) e Roma, cittá aperta(1944). Considerada uma das obras inaugurais do cinema novo brasileiro, ganhou diversos prêmios como melhor filme do festival do Distrito Federal de 1956.
Feito em um período importante da História não só do Rio de janeiro, mas do país, o filme Rio 40 graus contrapõe aspectos da sociedade da época. O Brasil dos anos 1950 era de certa forma um país em transição. Vivia-se o período de políticas populistas, e mudanças no setor econômico. Vargas havia se suicidado em 1954 e uma era, por assim dizer se acabava.
O país estava se modernizando, tendo o desenvolvimento das industrias como um dos fatores para tal, as capitais das regiões Sudeste e sul atraiam pessoas de outras localidades em busca de empregos e moradias. Apesar deste desenvolvimento, o pais ainda era muito ruralizado em seu interior e regiões como o nordeste enfrentavam dificuldades devido as secas.
A chamada sociedade de massas se constituía, em 1953 era inaugurado no Rio de Janeiro o canal Tupi de televisão, o primeiro da America Latina, embora o Rádio fosse o