Riacho Salgadinho

A nascente do Riacho Salgadinho chamava-se Poço Azul, devido a sua coloração cristalina e azulada. Hoje, já não é mais assim, vários imóveis vizinhos despejam seus esgotos sanitários e lixos de vários tipos dentro do riacho.
O Poço azul, Salgadinho, não foge da regra em nosso Brasil, onde o crescimento urbano desenfreado e de forma desorganizada das cidades provoca uma série de problemas ambientas, como as enchentes, a poluição do ar e sobretudo a morte das correntes d’água. Desta forma, podemos citar um ponto, entre vários outros, que contribui para a continua poluição do Riacho Salgadinho: as dezenas de grotas existentes em toda sua extensão. Os números mostram que pelo menos 15 mil famílias, ou 50 mil pessoas, de acordo com cálculos apresentados pela Defesa Civil, moram a margem do riacho, despejando lixos domésticos e dejetos diretamente no leito. Entre a Grota do Canaã e o Vale do Reginaldo, o “sistema de esgoto” das casas são ligados diretamente ao riacho. A cada descarga de uma casa, um ataque ao meio ambiente. O canal hoje funciona como um carro coletor, basta jogar a sacola de lixo no riacho que ele se encarrega de levar até o mar. Especialista em recursos hídricos, o técnico do IMA Gustavo Carvalho, quando esteve na nascente constatou o riacho agonizando. “Era apenas um filete de água que mal dava para molhar a areia. Aquele era o anúncio da morte do riacho,” contou. Urge ressaltar o dever do estado para preservar o meio ambiente, consoante com o princípio da obrigatoriedade da intervenção do poder público, sendo um bem que pertencente a coletividade, vê-se necessário um gestor, no caso do meio ambiente, o poder público, gerando a este uma obrigação constitucional. Assim, parte desta obrigação seria a aplicação de medidas preventivas a fim de precaver maiores danos ao meio ambiente, fazendo valer outro princípio de suma importância para o direito ambiental, o princípio da precaução e prevenção.
Inerente ao Estado, está o poder-dever de