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As Regras do Método Sociológico – Émile Durkheim

Durkheim recupera os estudos de Comte e Spence. Comte propunha que a sociedade tem movimento de estática (laços morais e de convivência) e dinâmica (ordem e progresso). Pensava numa física social para estudar as características, tendo como foco as instituições sociais. Spence dizia que a sociedade cria dentre os organismos redes de interdependências e a compara com o ser biológico.
Ele tinha uma preocupação institucional, propunha que a Sociologia é uma ciência que tem foco claro, embora seja apropriado a outros campos do saber. Salientava também que a sociedade não é a soma de indivíduos, é mais do que isso, é preciso entender além do indivíduo. Para ele, a sociologia transcende ao indivíduo.
Em seu método, relata que o objeto de estudo da sociologia é o fato social que é a maneira de pensar, agir, sentir, exteriores ao indivíduo e suscetíveis de coerção. Mostra que grande parte das coisas que fazemos nos foram ensinadas, impostas. As realizamos não por nossa vontade, vai de uma consciência moral e coercitiva pela sociedade.
Esses tipos de conduta ou de pensamento não apenas são exteriores ao individuo, como também são dotadas de uma força imperativa e coercitiva em virtude da qual se impõe a ele, quer ele queira, quer não. Certamente, quando me conformo voluntariamente a ela, essa coerção não se faz ou pouco se faz sentir, sendo inútil. (DURKHEIM, 1999, p.2)
Depois de identificar o fato social, deve-se tratá-lo como coisa, “É coisa, com efeito tudo o que é dado, tudo o que se ofereceu ou, melhor, se impõe á observação.”( Idem, 1999, p.28). É preciso coisificar, distanciar, romper com as noções prévias ao rigor do método científico (ética, moral, estética, religião, ideologia). As pré-noções não nos permitem identificar as propriedades específicas, e reconhecer que os fatos sociais têm características próprias, inerentes, que não dependem das noções prévias.
Vimos que esses fatos sociais podem ser