RI, globalização
Nota introdutória de Eurico de Lima Figueiredo (*)
Falecido em dezembro de 1997, ao 61 anos de idade, José Nilo Tavares foi Professor Titular de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Professor Associado da mesma cadeira da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). Livre docente na sua área de competência profissional, fez o seu pós-doutoramento na Itália. Ocupou altos cargos de administração acadêmica, entre eles o de Diretor do CNPq, logo após a quebra do ciclo militar, durante o governo José Sarney. Um dos fundadores da associação de docentes da PUC/RJ, exerceu o cargo de primeiro presidente eleito dessa associação. Deixou vários trabalhos publicados, entre eles Conciliação e radicalização política no Brasil (Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1992) e Marx, o socialismo e o Brasil (Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1983, Introdução de Leandro Konder).
Em relação ao pequeno ensaio A viabilidade da Ciência Política – aqui publicado - não foi possível determinar o ano exato em que foi redigido, mas tendo em vista a linha de argumentação desenvolvida, assim como o referencial bibliográfico empregado, deve ter sido escrito por volta do início dos anos 70 do século passado. Parece ter sido preparado especialmente para seus estudantes que se iniciavam no âmbito das Ciências Sociais e, em particular, no da Ciência Política. E foi justamente um deles, Aluizio Alves Filho, atualmente Chefe do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro, quem o achou no seu arquivo. José Nilo foi um professor de mão cheia. Comunicativo, solícito, sempre cordial e atencioso, usava o quadro negro para enunciar os princípios de sua exposição, conferindo sistematicidade e organização às suas aulas. Homem coerente, seguiu sempre os princípios que pautaram toda sua vida. Foi sempre convicto socialista desde quando, bem jovem, foi eleito para