rh era do ser

OS RECURSOS HUMANOS NA ERA DO SER

1. Re-humanizar os recursos humanos

Nos tempos que correm, e tal acontece a uma velocidade vertiginosa e estonteante para aqueles que querem estar na carruagem dos acontecimentos, o mundo organizacional experimenta, vivencia e tem que gerir momentos de grande imprevisibilidade: a sua ecologia interna e externa encontra-se em permanente mudança e turbulência e a competitividade está sempre à espreita de dentes acirrados e sem contemplações para aqueles que não sabem ganhar o seu espaço. Ficar no passeio dos acontecimentos ou simplesmente colocar-se na esquina a fotografar os mesmos significa, irremediavelmente, uma perda definitiva de oportunidades: a preocupação, ou melhor, a ocupação deve ser centrada em responder e antecipar essas mudanças e aí está e estará o desafio cada vez mais gritante da nova era da gestão.
Com a globalização da economia, a dinâmica organizacional torna-se mais descontínua, mais complexa, são exigidas estruturas organizacionais flexíveis e adhocráticas, uma orientação sempre centrada no cliente e na qualidade, visão estratégica, prazer em surfar num mundo de desafios e oportunidades, lideranças entusiasmadas e entusiasmantes, conectividades produtivas, capilaridades que alimentem um processo decisório incisivo, contundente e capaz de ver para além do imediatismo do lucro efémero. Por um lado, esta tão propalada globalização solicita e exige à organização a capacidade dialéctica e sistémica de entender e visualizar o novo cenário e, por outro lado e não menos importante, obriga a um conhecimento das suas potencialidades e pontos menos fortes, de forma a poder reagir sobre elas e a tornar-se efectivamente competitiva: sem lamechices nem choradeiras, sem peditórios nacionais de proteccionismos estatais de um Estado que sempre se amaldiçoa quando há obrigações a cumprir, de querer ser global para exportar mas defensivo e tornado ilha quando se trata de importar,
Neste cenário, uma nova