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Alguns dirigentes surpreendem-se com o fato de que algumas decisões tem implicações éticas. Isso significa que desconheçam o papel de autoridade moral em duas coisas: no exercício do poder e na obtenção da “licença para operar”. Com efeito, a margem de manobra de quem não desfruta de credibilidade é muito estreita. Por exemplo, empresas que fraudam a boa-fé de seus clientes ou usuários – como no caso das cooperativas que de produtores de leite que acrescentam soda cáustica e água oxigenada ao produto para aumentar sua longevidade – correm o risco de fechar suas portas.
A Ética é um saber é um saber cientifico que se enquadra no campo das Ciências Sociais. É uma disciplina teórica, um sistema conceitual, um corpo de conhecimentos que torna inteligível aos fatos morais. Mas o que são fatos morais? São fatos sociais que dizem respeito ao bem a e ao mal, juízos sobre as condutas dos agentes, convenções históricas sobre o que é certo e errado, justo e injusto, legitimo e ilegítimo, virtude e vício, justificável ou injustificável. Ora quem define o que é certo ou errado? Toda coletividade formula e adota os padrões morais que mais lhe convém. Em outras palavras, à semelhança dos demais fatos sociais, os fatos morais são relativos no tempo e no espaço, logo mutáveis.
O termo “ética” origina-se do grego ethos que vem a ser o caráter distintivo, os costumes, hábitos e valores de uma determinada coletividade ou pessoa. Foi traduzido em latim por mos, que significa também conjunto de costumes ou de normas adquiridas por hábito. A palavra moral, em português, deriva daí.
Ocorre que ética tem sido utilizada em diferentes sentidos. Um primeiro sentido, muito difundido, é descritivo ou factual: refere-se aos costumes ou à maneira correta de agir de uma determinada sociedade. Designa o que se pratica do ponto de vista moral, aos usos reconhecidos e socialmente sancionados, tal como na expressão “falta de ética” – no lugar de falta de escrúpulos, quebra de confiança