Revoluções Logisticas
Até o século XI o sistema feudal prevalecia na Europa Ocidental, quando então a Igreja Católica organiza a partir de 1095 as Cruzadas, expedições militares para recuperar a Terra Santa, que estava sob controle dos muçulmanos, além de atender a ambição de alguns papas que buscavam ampliar seu poder político e religioso. Estas expedições criaram novas oportunidades comerciais, em função da abertura de novas rotas terrestres bem como devido às conquistas territoriais. Um grande desenvolvimento tecnológico e cultural ocorreu na Europa devido às Cruzadas, resultando na expansão econômica e mercantil que consolidou a transformação revolucionária da economia européia, que a partir do século XIII ganha forma de economia monetária, com sociedades de mercado e relações de trabalho. As relações sociais, políticas e econômicas dos feudos são transferidas para as cidades, levando à consolidação do comércio com o aumento do intercâmbio comercial e da produção artesanal.
Esta evolução faz com que a produção mude seu caráter de subsistência passando a atender aos novos mercados. A navegação e as rotas comerciais marítimas chegam à África e às Índias, em busca principalmente de ouro e prata, necessários ao cunho de moedas. Esta expansão comercial marítima leva à descoberta de novos territórios, iniciando-se uma época de colonização.
O aumento das distâncias entre os mercados fornecedores e consumidores, além da especialização da produção, são fatores marcantes da Primeira Revolução Logística.
Segunda Revolução Logística
O incremento das distâncias e dos volumes de bens comercializados incrementou a movimentação de moedas e créditos e grande acumulação de capital, aumentando a necessidade e o interesse pelas atividades bancárias. Grandes famílias de banqueiros do Renascimento, como os Médici de Florença (Itália), emprestavam dinheiro e financiavam parte do comércio internacional.
No início do século XVII, o governo de Amsterdã inova o