Revoluções: comuna de paris
A comuna de Paris de 1871 é um fato fundamenta importância para a história da humanidade, em especial, para os trabalhadores. Da revolução burguesa de 1789 à queda do II império bonapartista, em 1870, a França passou por avanços e retrocessos pela consolidação do poder burguês. Em muitas oportunidades, nesta luta, a burguesia recorreu ao apoio das massas populares e do nascente proletariado, mas nunca chegou a cumprir integralmente os compromissos da própria revolução burguesa.
No II Império, após uma década de crescimento industrial, em meio a uma forte crise econômica, ao desgaste político pelos fracassos da política expansionista e do ressurgimento do proletariado, depois de um longo período de forte repressão, Napoleão III lança mão do expediente de guerra contra a Prússia de Bismarck, que rapidamente se industrializara e ameaçava a hegemonia francesa no continente.
Os exércitos franceses são fragorosamente derrotados em Sedan, deixando 100 mil prisioneiros, entre eles o imperador. O povo de Paris, revoltado, sai às ruas e proclama mais uma vez a república em defesa da pátria e constitui um Governo Provisório composto por uma maioria conservadora. Os prussianos marchavam para Paris, obrigando o governo a entregar armas aos operários parisienses. Em setembro, Paris é sitiada, mas a população resiste com firmeza a toda sorte de privações. Depois da rendição do exército Frances em Metz, os prussianos se concentram para atacar Paris. A burguesia capitula, negociando secretamente o armistício com Bismark e simula operações militares deliberadamente destinadas ao fracasso, para os prussianos derrotarem os soldados proletários da Guarda Nacional. O Governo Provisório, nascido da revolução e criado para a defesa da nação, em pouco tempo é chamado pelo povo de governo de traição nacional. Neste período a luta da classe do proletariado e demais setores populares, cada vez mais organizados, contra o governo da burguesia vai se agudizando. O governo