REVOLUÇÃO RUSSA No início do século XX, a Rússia era um país pobre e atrasado tecnologicamente. Era conhecida como o “celeiro” da Europa, por apenas exportar cereais para todo o Velho Continente. 80% de sua população economicamente ativa vivia no campo, em muitas regiões sequer se conhecia o arado. Os camponeses viviam na miséria. O povo não agüentava mais então em Janeiro de 1905, os mujiques (camponeses), operários e demais pessoas da comunidade organizaram uma passeata em São Petersburgo, liderados pelo padre Gapon, da Igreja Ortodoxa Russa. Nessa passeata levariam ao czar um documento clamando por alguns direitos sociais e contando ao querido czar a situação do povo russo. Acreditavam que Nicolau II não sabia que o povo russo passava fome e vivia na miséria e que, quando lesse a carta, ele os ajudaria. Com isso crianças, mães com filhos de colo e homens humildes iam, calmamente, em direção ao czar. Quando Czar viu o “povão” reunido, considerou que isso era uma insolência e não quis nem saber do que se tratava e então ordenou o imediato extermínio de todos. Os Cossacos (tropa de soldados imperial) se postaram e, ao grito de permissão para atirar, atirou em todos. A cavalaria completou o massacre cegando, com furos nos olhos as crianças e multilando o ventre das mulheres grávidas. Inúmeras velas foram abertas para despejar os corpos, que eram removidos através de caminhões. Milhares morreram mas os ricos da Rússia não tiveram seu dinheiro e privilégios abalados. Esse foi considerado o “Ensaio Geral” para a revolução Russa de 1917. Com a chegada da Primeira Guerra mundial, a situação da Rússica ficou ainda pior. Fome, epidemias e a prática de violências provocada pela miséria espalharam- se por todo o país. As passeatas contra Nicolau II multiplicavam- se e suas tropas, cansadas da guerra provocada pelos ricos e por seus interesses, desertava em número cada vez maior, e tomavam o lado do povo. A situação tornara- se insustentável. Em 8 de março de 1917