Revolução Indústrial
Os trabalhadores durante a Revolução Industrial trabalhavam de dez a dezoito horas por dia. As fábricas possuíam regras extremamente rígidas (era proibido falar, olhar para as janelas, etc.) tendo que seguir o ritmo das máquinas, e mesmo assim seus salários era de 20 a 40% menor do que o mínimo para uma vida decente. Se bem que antes dela as condições de trabalho também eram horríveis. Obviamente, isso justifica o tratamento dado a eles.
Alguns direitistas argumentam que, se as condições fossem assim tão ruins, eles voltariam para o campo, desiludidos. Pura mentira, pois na verdade eles foram forçados a migrar para as cidades, já que não sobrava muito mercado para produtos agrícolas, e muitas vezes o próprio governo os expulsava das terras. Chegando às cidades, eles enfrentavam a dificuldade de encontrar acomodações. Como as horas de trabalho eram longas, eles não podiam morar longe das fábricas. Isso gerou a superlotação das moradias, como oito famílias vivendo num único quarto, e os altos preços. Surgiram as favelas e cortiços. As pessoas faziam sexo na frente de todos, inclusive crianças o que corrompia a moral. Como o salário de um único trabalhador não era suficiente para viver mais pagar o aluguel, a família inteira, filhos (muitas vezes com quatro anos ou menos) e mulheres eram obrigadas a trabalhar. Se o pai de família morresse ou se tronava inválido (devido aos acidentes causadas pelas condições perigosas das máquinas) eles eram condenados à fome e miséria. O número de órfãos pelas ruas era grande.
Crianças operárias: esfarrapadas e descalças.
Como a sociedade vitoriana, muito acertadamente, considerava esses órfãos como vagabundos, quase não havia caridade (esse sim é o verdadeiro cristianismo!) e muitas vezes a única alternativa era a prostituição. O que não fazia muita diferença, pois as mulheres, sendo obrigadas a trabalhar nas fábricas, já eram consideradas