Revolução Industrial
Para contentar as massas, a Constituição aboliu os direitos feudais, suprimindo as antigas ordens e privilégios, proclamando a igualdade civil, embora tenha mantido a escravidão nas colônias, descentralizando a administração pública e proibindo a formação de agremiações sindicais representadas pelas corporações de oficio, as quais regulavam salários, sendo, na realidade, não um elemento de controle dos patrões, mas sim um mecanismo de proteção dos trabalhadores assalariados.
Desde logo, a formação do mercado interno, de considerável dimensão, sobretudo a partir do momento em que os governos da Coroa investiram enormes recursos na construção de canais ligando os principais rios ingleses e formando assim uma vasta rede de comunicações facilitadora de um mercado nacional. Por outro lado, não podemos esquecer que a Grã-Bretanha deste tempo se tornara o maior império colonial do Mundo. Com isso, os britânicos beneficiavam, confortavelmente, da dupla dimensão que as colónias desempenhavam no processo de industrialização: por um lado eram mercados fornecedores de matérias-primas; por outro funcionavam como mercados onde a metrópole colocava produtos transformados com lucros compensadores.
A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um desses acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia absoluta portuguesa, em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos no mercado português.
Mas o estopim para a Revolução Industrial foi a expansão dos mercados consumidores, senão realmente a criação destes visto que é o mercado que define aquilo que um homem de negócios produzirá. Essa expansão de mercados se deu através do mercado interno ou mercado externo além do governo.
O mercado interno por maior que fosse não significa um grande escoadouro para produtos industrializados. A diferença está não somente no aumento da população, mas principalmente no poder de compra desta