Revolução industrial sintese
Na Inglaterra do século XVIII, com a política dos cercamentos de terras, as terras comuns aos senhores e servos, provenientes da antiga relação feudo-vassálica, foram transformadas em pastos para as ovelhas destinadas a fornecer matéria-prima, a lã, para a indústria têxtil, que começou a crescer e prosperar nas cidades. A produção artesanal foi sendo substituída gradativamente pela maquinofatura.
Dentro deste contexto, os servos, sem possuírem terras para conseguirem seu sustento, foram forçados a migrar para as zonas urbanas em busca de trabalho, causando um acelerado êxodo rural, tornando-se mão-de-obra barata para as novas fábricas e constituindo uma nova classe, o proletariado, dicotômica em relação à outra classe também surginte deste contexto: a burguesia.
O acelerado êxodo rural provocou expressivo crescimento dos centros urbanos em grande parte das nações europeias que integravam a revolução. Algumas cidades da Europa aumentaram três vezes o número de sua população em meio século. Outra consequência foi o rápido crescimento econômico.
A partir do crescimento populacional os centros urbanos ficaram saturados, modificando de maneira drástica a configuração da paisagem urbana, as cidades não absorveram o fluxo de pessoas de forma planejada, com isso surgiram bairros marginalizados compostos por trabalhadores pobres.
Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e desconfortáveis, com condições horríveis de higiene e salubridade, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje em dia.. Conviviam com a falta de água encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas, o que propiciou o aparecimento de muitos doenças na época, como a leptospirose.
Esse processo histórico, isto é, a revolução, iniciado no século XVIII expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX, por países como França, Bélgica, Holanda, Rússia,