Revolução Francesa
Objetivos:
2.1. A França nas vésperas da Revolução
1 – Mostrar o anacronismo das estruturas sociais francesas nas vésperas da Revolução.
A França tinha uma sociedade anacrónica. O seu regime político e social era injusto e desigual, assentava numa monarquia absoluta de direito divino e na velha sociedade de ordens.
Clero e a Nobreza:
Representavam 2% da população;
Não pagavam impostos (estavam isentos);
Detinham 50% do solo francês ;
Usufruíam de um conjunto de perrogativas senhoriais (cobrar rendas fundiárias, taxas, impostos, dízima); Ocupavam os mais importantes cargos políticos, diplomáticos, militares, administrativos e religiosos;
Possuíam foro próprio.
Terceiro Estado:
98% da população era constituída pelos contribuintes; suportavam pesada carga fiscal e não possuíam quaisquer direitos políticos;
Camponeses: grupo maioritário e mais sacrificado:
- 80% da população;
- estão sujeitos à justiça senhorial e a uma pesada carga tributária [obrigações senhoriais];
- a sua miséria foi habilmente aproveitada por outros grupos. - Povo urbano: sujeitos ao desemprego, à subida constante dos preços bens alimentares e à baixa de salários;
- Estão recetivos à mudança.
Burguesia: mercadores, banqueiros, industriais;
Uma elite à parte, possuidora de grandes fortunas;
- Conscientes da sua importância na vida do Estado (economia, finança, cultura), os burgueses ambicionavam um estatuto jurídico igual ao dos privilegiados;
- Contribuíam para a riqueza do Estado mas não obtinham qualquer reconhecimento;
- Em lojas maçónicas, salões e cafés, vão criticar o regime e a sociedade, invocando os direitos inalienáveis (liberdade e igualdade), e repudiando a distinção social baseada no nascimento, que reservava aos nobres - ociosos e iletrados - todos os privilégios;
- Emprestavam dinheiro ao rei e não governavam;
- Estava-lhes vedado o exercício dos importantes cargos na administração pública.
- Dos seus ódios e frustrações