Revolução francesa
Parte I
A França vai fornecer o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a maior parte do mundo; constitui-se em termos políticos e ideológicos, o que a Revolução Industrial significou em termos econômicos.
Hobsbawn afirma que a Revolução Francesa foi muito mais fundamental do que outros fenômenos contemporâneos, sendo suas consequências mais profundas. Por que?
1) A França era o mais populoso e poderoso Estado da Europa
2) Foi uma revolução social de massa, diferentemente das que a precederam e a sucederam
3) Foi a única revolução ecumênica, sendo que seus exércitos partiram para revolucionar o mundo; foi um marco em todos os países, sendo que suas repercussões levaram aos levantes que levaram à libertação da América Latina após 1808; ofereceu o padrão para todos os movimentos subsequentes, sendo que suas lições foram incorporadas ao socialismo e comunismo modernos.
A Revolução Francesa é assim a revolução de seu tempo e, não apenas uma, embora, a mais proeminente, do seu tipo.
Antecedentes Históricos:
1) Durante todo o século XVIII, a França foi o maior rival econômico da Inglaterra, sendo a mais poderosa e a mais típica das velhas e aristocráticas monarquias absolutas da Europa; por isso, o conflito entre a estrutura oficial e os interesses estabelecidos do velho regime e a novas forças sociais ascendentes era mais agudo na França do que em outros países. (resposta: reformas que vão agravar a situação, como as reformas levadas a cabo por Turgot)
2) Reação Feudal: Nobreza gozando de privilégios, isenção de impostos e do direito de receber tributos feudais; dependiam da renda de suas propriedades ou de alternativas, como casamentos milionários, pensões, presentes da corte; sendo que os gastos da nobreza eram grandes e suas rendas caíam, o que os fazia usar seu bem principal, os privilégios reconhecidos; invadiram os postos oficiais; uso máximo dos direitos feudais para