Revolução francesa
Introdução
As causas da Revolução Francesa são alvo de um intenso debate sobre como foi possível a mobilização de uma população diversa em torno da queda do poder monárquico. Em termos gerais, os estudos desta revolução apontam um grupo de razões considerando motivações de ordem ideológica e econômica.
Desenvolvimento
Por um lado, os pensadores iluministas propunham a vigência de um estado laico e representativo. O governo, de acordo com o iluminismo, deveria basear-se em instituições legitimadas por toda a população. Os cidadãos deveriam desfrutar de igualdade jurídica e tributária. Igualdade e liberdade deveriam ser as bases de um Estado apto para atender as necessidades de seu povo.
Em meio aos diversos grupos sociais insatisfeitos com a situação do país o clero, a realeza e a nobreza feudal desfrutavam da isenção de tributos e se sustentavam por meio do controle das forças produtivas e do usoindiscriminado do dinheiro público. A vida de luxo e conforto desfrutada por tais grupos criou um forte clima de hostilidades em território francês. Aquela sociedade constituída pelo privilégio de uma minoria e que tinha seu poder legitimado pela crença religiosa, corria grandes riscos.
No desenvolver do século XVIII existem dois importantes fatos históricos que marcaram esse período. De um lado temos a ascensão dos ideais iluministas, que pregavam a liberdade econômica e o fim das amarras políticas estabelecidas pelo poder monárquico. Além disso, esse mesmo século assistiu uma nova etapa da economia mundial com a ascensão do capitalismo industrial.
Nesse contexto, a França conviveu com uma interessante contradição. Ao mesmo tempo em que abrigou importantes personagens do pensamento iluminista, contava com um estado monárquico centralizado e ainda marcado por diversos costumes atrelados a diversas tradições feudais. A sociedade francesa estava dividia em classes sociais distintas pela condição econômica e os privilégios usufruídos junto ao Estado.