Revolução de 30

A Revolução de 1930 – Historiografia e história * O período da história política brasileira que vai de 1889 a 1930 costuma ser chamado pelos historiadores de diferentes denominações: República oligárquica, República do café-com-leite, República velha ou primeira república. É tida como a revolução que pôs fim ao predomínio das oligarquias no cenário político brasileiro, mas a revolução contou com fatores conjunturais que a explicam. * Fatores internos e externos contribuíram para que a revolução acontecesse, entre os motivos podemos citar a crise do sistema capitalista, o “crash” da bolsa de Nova Iorque, em 1932, os governantes oligárquicos preferiam manter a nação sob um regime agroexportador, as camadas populares sofriam, devido ao governo que não criava políticas sociais e também não dava atenção aos setores sociais emergentes (militares e classes média e operária). * A revolução de 1930 como “Revolução das classes médias” tem como seu pioneiro Virgínio Santa Rosa, que demonstra, com sua análise, que como o campesinato constitui massa de manobra das oligarquias, o choque de forças seria redutível a uma oposição entre as classes médias urbanas, com insuficiente consciência política, e as oligarquias, que só pôde evoluir quais e pelo fato de as classes sociais médias terem encontrado uma expressão política no movimento tenentista. * Surgiram as exigências por mudanças no sistema eleitoral de modo a acabar com a fraude, a corrupção e o coronelismo. Pressionaram também por mudanças na política econômica, reivindicando maior investimento e incentivo político ao setor industrial e o fim da política de apoio exclusivo ao café. * Neste momento, surgiram os movimentos de “liderança e ideário tipicamente pequeno-burgueses”, o primeiro movimento político militar que influenciou os rumos das decisões governamentais. As reinvindicações coincidem com as aspirações da classe média urbana. Mas o movimento tenentista também reivindicava o sistema eleitoral e