revolução de 30
Seguindo o modelo de tradicionais revistas e jornais norte-americanos e europeus, a Folha de S. Paulo divulgou, em sua edição de 1° de abril de 2007 , o resultado de uma enquete com 200 pessoas que se dispuseram a responder a pergunta: “Quem é o(a) maior brasileiro(a) de todos os tempos?” Com 16 votos obtidos entre intelectuais, políticos, artistas, religiosos etc, o vencedor foi o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas, o homem que mais tempo governou o Brasil.
Getúlio Vargas, seguidor das centenárias raízes positivistas de Augusto Comte, e da singular experiência político-administrativa de Julio de Castilhos, no Rio Grande do Sul, foi, a seu modo, alguém que tratou de alcançar o “regime da virtude”, preconizado pelos adeptos do positivismo em sua versão tropicalizada. Se Vargas alcançou ou não seu objetivo primordial, é uma questão que a história (e seus pesquisadores) devem procurar responder.
O país já tem hoje, entretanto, o necessário distanciamento crítico para avaliar os passos de Vargas desde o início de sua trajetória política, primeiro como promotor público em Porto Alegre, e depois como renitente ditador e presidente suicida. A verdade é que ele mudou o Brasil para sempre, mesmo que seus adversários ou inimigos resistam a aceitar o fato, e ainda, vez por outra, insistam em apagá-lo da memória brasileira.
No afã de assinalar a passagem do cinqüentenário da morte de Vargas, e buscando esclarecer as questões que persistem sobre sua caminhada e contribuição à vida brasileira, a Laser Press Comunicação, em parceria com o Memorial do Ministério Público do Rio Grande do Sul, realizou, em agosto de 2004, em Porto Alegre, um seminário internacional e editou, em dezembro de 2005, o livro intitulado “Da Vida para a História - Reflexões sobre a Era Vargas”. O volume especial (236 páginas), lançado com o patrocínio da Caixa RS e apoio do Ministério da Cultura, contém a íntegra de 17